
UM CLIENTE CARVOEIRO
Estavamos eu e o meu insepáravel companheiro Chamber na farmácia, já pra fechar, numa daquelas noites frias em que a neblina insiste em entrar porta a dentro deixando tudo úmido, fazendo o espelho embaçar, quado entrou junto com a neblina um homem de mais ou menos 4o anos com o olhar tão frio e distante como a cidade em que moramos.
O que me chamou a atençao foi a sujeira do pobre homem que passara com certeza o dia todo trabalhando nos fornos de carvão, mal dava pra ver-lhe as feições.
Porém quando nos cumprimentou com a receita na mão sorriu, com dentes branquinhos , destoando de todo aquele caus.
Estava lendo a receita quando ví atrás dele abraçada em um pacote de panos que logo percebemos se tratava da paciete recém nascida que sofria ,acometida de uma virose. A esposa, de cabelos longos por certo naquela noite usava somente um moletom.
Minutos antes da entrada dessas tres criaturas eu e o Chamber estavamos anciosos pra ir pra nossa casa , acender o fogão de lenha sentar ao lado e com café quente e pinhão conversarmos sobre a vida e sobre as coisas de casal que não consegimos conversar durante o dia mesmo passando tanto tempo juntos.
Deve ser assim mesmo com todo mundo que se ama ,o assunto não acaba , os sonhos são compartilhados e enquanto a mary vai crescendo em volta da gente , vamos crescendo tambem, no respeito um pelo outro ,em volta do fogão com conversas intermináveis e muito carinho.
Mas confesso, que naquela noite depois que aquele casal saiu, ficamos parados olhando um para o outro sem saber o que dizer.
Eles posariam num abrigo, improvisado, chamam de albergue. No dia seguinte voltariam como pudessem pra um dos assentamentos e o trabalho duro por certo esperava pelos dois , e aquela criança ,Deus por certo cuidaria, e nós rezamos naquela noite para que Ele cuidasse.
Antes de fecharmos a farmácia eu sentei e escrevi esse poema...
* *
Mais do que sujo
Aquele homem estava cansado
Queimara durante todo o dia
Os desenganos do seu passado
* *
Mais do que cansado
A alma daquele homem chorava
Atristeza do filho doente
A dor da mãe que o embalava
* *
A leitura lhe fazia falta
Mal entendera o doutor
Difença pouca faria
Quem cura mesmo é o Senhor.
* *
Chamei esse poema simplesmente de UM CLIENTE CARVOEIRO.
Nunca mais esquecemos aquele sorriso...
Estavamos eu e o meu insepáravel companheiro Chamber na farmácia, já pra fechar, numa daquelas noites frias em que a neblina insiste em entrar porta a dentro deixando tudo úmido, fazendo o espelho embaçar, quado entrou junto com a neblina um homem de mais ou menos 4o anos com o olhar tão frio e distante como a cidade em que moramos.
O que me chamou a atençao foi a sujeira do pobre homem que passara com certeza o dia todo trabalhando nos fornos de carvão, mal dava pra ver-lhe as feições.
Porém quando nos cumprimentou com a receita na mão sorriu, com dentes branquinhos , destoando de todo aquele caus.
Estava lendo a receita quando ví atrás dele abraçada em um pacote de panos que logo percebemos se tratava da paciete recém nascida que sofria ,acometida de uma virose. A esposa, de cabelos longos por certo naquela noite usava somente um moletom.
Minutos antes da entrada dessas tres criaturas eu e o Chamber estavamos anciosos pra ir pra nossa casa , acender o fogão de lenha sentar ao lado e com café quente e pinhão conversarmos sobre a vida e sobre as coisas de casal que não consegimos conversar durante o dia mesmo passando tanto tempo juntos.
Deve ser assim mesmo com todo mundo que se ama ,o assunto não acaba , os sonhos são compartilhados e enquanto a mary vai crescendo em volta da gente , vamos crescendo tambem, no respeito um pelo outro ,em volta do fogão com conversas intermináveis e muito carinho.
Mas confesso, que naquela noite depois que aquele casal saiu, ficamos parados olhando um para o outro sem saber o que dizer.
Eles posariam num abrigo, improvisado, chamam de albergue. No dia seguinte voltariam como pudessem pra um dos assentamentos e o trabalho duro por certo esperava pelos dois , e aquela criança ,Deus por certo cuidaria, e nós rezamos naquela noite para que Ele cuidasse.
Antes de fecharmos a farmácia eu sentei e escrevi esse poema...
* *
Mais do que sujo
Aquele homem estava cansado
Queimara durante todo o dia
Os desenganos do seu passado
* *
Mais do que cansado
A alma daquele homem chorava
Atristeza do filho doente
A dor da mãe que o embalava
* *
A leitura lhe fazia falta
Mal entendera o doutor
Difença pouca faria
Quem cura mesmo é o Senhor.
* *
Chamei esse poema simplesmente de UM CLIENTE CARVOEIRO.
Nunca mais esquecemos aquele sorriso...
Saro**
Nenhum comentário:
Postar um comentário